segunda-feira, 16 de maio de 2016

Impressora Registradora em Rolo de Papel

Um dos primeiros projetos no qual trabalhei quando cheguei na UFPB em 1978 foi um sistema de aquisição de dados. O sistema lia e registrava dados sobre a velocidade do vento e sobre a quantidade de água bombeada por um catavento.

Naqueles dias não havia Internet e nem computador pessoal. O trabalho do engenheiro era (e ainda é) de encontrar soluções para os problemas com o que está disponível. Nossa equipe resolveu imprimir os valores colhidos a cada 10 minutos em um rolo de papel. Naquele tempo era comum se utilizar um rolo de papel em maquinas registradoras para registrar compras em supermercados. Foi escolhido um modelo de calculadora Sharp que tinha as quatro operações e uma impressora de rolo (versão precursora, mais simples do que está na foto).

Usávamos um oscilador com divisor de frequência para conseguirmos um intervalo de 10 minutos. A cada 10 minutos imprimíamos a data e a hora, bem como os totais acumulados de vento, água bombeada, e outros parâmetros. Logo após a impressão dos dados zerávamos os contadores, para começar novo ciclo de contagem.

Para conseguir imprimir os valores obtidos, retiramos a parte mecânica das chaves (teclado) e utilizamos chaves analógicas CMOS (CD4053 -  Triple 2-Channel Analog Multiplexer / Demultiplexer) para fazer o fechamento eletrônico das chaves. Tínhamos que fechar a chave e manter fechado por um tempo determinado para que o circuito de "debounce" reconhecesse a chave fechada. Fechávamos cada chave sequencialmente até terminar os dados daquela linha, e a seguir fechávamos a tecla de totalização que por sua vez imprimia a linha no rolo de papel e avançava o papel.

Para utilizar esta calculadora impressora no campo, contornamos a fonte de 220V e injetamos 12V (vindo de uma bateria de automóvel) diretamente nos circuitos de baixa tensão.

Os dados tinham que ser formatados de uma maneira padrão para poder identifica-los posteriormente, pois a calculadora só tinha números (não tinha letras). Por ser uma calculadora, não aceitava qualquer sequencia de números e pontos, e a lista de símbolos era muito limitada.

Uma vez os dados registrados de dez em dez minutos durante alguns dias, o rolo de papel era recolhido e passado para uma secretária para dar entrada dos dados em um mainframe para gerar estatísticas e salvar a informação para estudos futuros.

Foi bastante gratificante trabalhar em um projeto tão arrojado naqueles dias.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Redirecionamentos Revisitado


Em 2007 escrevi sobre redirecionamentos na Internet. De lá para cá, algumas coisas mudaram. Alguns serviços passaram a ser pagos (caso do DYNDNS). Outros servidores apareceram, com outras propostas.

Com a passagen do DYNDNS para serviço pago, passei a utilizar o No-IP para fazer meu redirecionamento dinâmico.


Nestes últimos dias me deparei com outra necessidade de redirecionamento. Eu tinha um endereço de uma loja virtual junto a uma determinada empresa. Esta empresa passou por uma reforma geral do site e acabou modificando o endereço de todas as lojas virtuais. Isso invalidou todos os meus cartões de visita que tinham o endereço da loja virtual. Se eu tivesse impresso os cartões com um endereço próprio de redirecionamento, eu poderia ter apenas alterado o endereço destino do meu redirecionador, sem invalidar meus cartões de visita. Criei uma conta grátis no Tiny e agora posso acrescentar diversos links de redirecionamento e se houver uma mudança futura do endereço final, basta editar os redirecionadores.

Alguns sites de gerador de código QR também oferecem o serviço de redirecionamento, inclusive oferecendo um link curto para colocar no QR que depois redireciona para o link de seu site normal. Assim você pode imprimir brochuras sem ao menos saber o endereço final do site. Imprime com o código QR apontando para um link de redirecionamento. Quando finalizar o site, então configura-se o endereço destino do redirecionador.